Gostou de nossa publicação?
Assine nossa newsletter e receba todas as novidades do site diretamento no seu email!
Educação Financeira Finanças Pessoais
Escrito por Jusivaldo Almeida, 21/08/2018
A abordagem de finanças pessoais contribui para disseminar o uso de planilhas e ensinar a fazer cálculos, mas no fundo esse conhecimento mais exato pouco ajudou na formação das gerações antigas e atuais. Já a educação financeira está embasada em hábitos, costumes, comportamentos construídos ao longo do tempo. Estamos falando em ciências humanas, de algo que lida diretamente com meu dia a dia, aquele consumo que faço de forma errada. Entrando por esse caminho, vemos que o problema começa lá atrás, em crianças que não foram encaminhadas para hábitos baseados em poupança.
Hoje muitos brasileiros, dos mais jovens aos mais velhos, enfrentam problemas financeiros sem entender os motivos e sem saber que têm solução. As pessoas são formadas em um modelo mental orientado primeiro para o consumo e depois “se sobrar invisto”. Claro que não sobra. É comum achar que a solução seja ganhar mais dinheiro. Não é. Não adianta aumentar seu salário se você vai gastar mais. O problema aqui é seu hábito que está defasado. A educação financeira vem para quebrar esses paradigmas e construir novos hábitos. Com ela, você vê que a sustentabilidade financeira está a seu alcance, e que é possível realizar seus sonhos.
Sim, quanto mais cedo, menor o esforço. O jovem que está no início de carreira, ou ainda cursa a universidade, pode traçar os objetivos da vida para 30 anos e mais além. O que ele precisa saber é que parte do dinheiro que ganha deverá ser destinada para realizar sonhos. Deve seguir uma metodologia, fazer uma faxina financeira, porque tem hábitos construídos desde os 3 anos de idade. Se começar aos 20 anos, tem chances totais de ser sustentável financeiramente. Se o objetivo é de longo prazo, deve guardar pelo menos 10% do salário. Se morar com os pais e não tiver compromissos, dá para economizar 50%. Só que, cada dia mais, cada ano mais, as dificuldades aumentam, e os compromissos podem proibir a tomada de atitudes mais radicais.
Não. A matemática é uma ciência exata que serve para você dominar os números. Esse conhecimento ajuda, mas não resolve. Tanto que vemos mestres e doutores em matemática que são analfabetos em finanças. Para sua educação financeira, você precisa saber as quatro operações básicas. A questão é mudar seu comportamento.
Você, que é jovem, precisa parar, refletir, diagnosticar sua situação atual. Deve estabelecer objetivos de vida, sonhar. O que desejo em curto prazo, em médio prazo, em longo prazo? Quero um dia não ter mais necessidade de trabalhar, o que não significa que eu vá parar. Não preciso mais disso porque criei uma reserva que vai me dar juros mensais, que bancam duas vezes meu custo de vida. Por exemplo, se gasto 3 mil reais por mês, tenho rendimento de 6 mil reais. Então você precisa orçar quanto custam seus sonhos, contemplar despesas e receitas, reduzir excessos. Sem esquecer de curtir sempre, porque você precisa viver sua vida intensamente. Sim, precisa ir para a balada, ter carro, ter casa própria antes de sair da casa dos pais. O próximo passo é poupar. Há vários lugares interessantes onde colocar seu dinheiro. Por exemplo, para curto prazo pode ser a caderneta de poupança. Para médio prazo, há instrumentos como CDB, Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Para acima de 10 anos, podem ser mais adequados o Tesouro Direto e os fundos de previdência privada. Para poupar, o importante é ter um objetivo para cada tipo de investimento. Só conseguimos efetivamente guardar quando temos um propósito.
Bem, esta foi a minha colaboração. Vamos prosseguir em outros artigos.
Lembre-se! Cuide bem do seu dinheiro pois um dia ele cuidará de você.
Sobre o Autor:
Jusivaldo Almeida dos Santos é sócio-fundador da JSantos Consultores, consultoria especializada em fundos de pensão, Coach Financeiro e Previdenciário, Contador, Conferencista, Escritor, professor convidado de curso de pós-graduação na USP-SP, instrutor da Universidade Corporativa UNISINCOR em disciplina de Finanças Pessoais. É vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e Consultor e Conselheiro de fundos de pensão. Mestrando em Educação Financeira pela FCU – Florida Christian University – EUA, com pós-graduação em Educação e Coaching Financeiro, especialista em Ciências Comportamentais, Atuariais e Comunicação. Profissional do segmento de previdência complementar há 24 anos. É ainda mentor e editor do blog e canal no YouTube “Dinheiro & Futuro”, com foco em finanças e previdência. É fonte de informações e concede entrevistas a programas jornalísticos como “Jornal da BAND”, “Jornal da RECORD”, “Jornal a TRIBUNA de SANTOS e Jornal ESTADÃO de São Paulo” e jornais e anuários de grandes fundos de pensão do Brasil.
Assine nossa newsletter e receba todas as novidades do site diretamento no seu email!
Deixe um comentário